Desde que assisti ao filme Tropa de Elite fiquei com segurança pública na minha cabeça. Comecei a pesquisar em blogs, livros e em todo canto possível dentro do meu mundinho e quando já estava formando meu convencimento, dei de cara com uma reportagem do Jornal o Globo, achei intrigante, não que eu tenha lido. Não li, mas não gostei! O importante é contrariar! Haha. Não que eu queira me tornar doutrinadora, longe de mim, tal feita! Acho que essa profissão seria uma ótima para minhas colegas de academia e também da área jurídica: Gabi e Mari, hehe. O assunto é batido, já existem várias teorias, eu vou citar as que eu conheço e ir contra quase tudo por motivos, ao meu ver, convincentes...
Voltando a reportagem, ela falava sobre a redução da maioridade penal. Permitam-me dizer: “Bullshit!” É gastar tempo com o que não importa. Fala sério, isso resolve tanto quanto aumentar o policiamento nas ruas, mesmo que os policias fossem honestos e sérios não ia ter policial pra todo canto da cidade e onde não tivessem policiais ali seria alvo dos bandidos. Na questão da diminuição da maioridade, o que me chateia é que na hora de dar condições descentes pra esses adolescentes como moradia, alimentação, educação... Cadê o Estado? Na hora de cobrar ele aparece? É claro que, não sejamos hipócritas, atualmente a coisa ta tão feia que essas crianças e adolescentes, acho que isso é até uma influência política, mas a criminalidade que era uma desculpa, não justificava, mas dava até para entender, hoje vem se tornando ideologia. Eles torcem tanto pela facção, de onde moram quanto uns torcedores de futebol, por seu time. E isso tem uma explicação, na boa, sabem aquela música do Marcelo D2? “... Tem homem bom que vira homem mal, porque tem homem mal que vira homem bom”.Não sou fã do D2, mas essa música diz suas verdades. De certa forma, “o homem mal” se torna “homem bom” quando “ajuda” a comunidade e em contra partida a polícia que deveria trazer segurança, como representante do Estado, acaba matando inocentes. Então, reprimir apenas não resolve. Se você dá condições suficientes, faz o que deve, aí sim. É como a relação de pai e filho, o filho faz besteira recebe a punição, mas ele sabe o porque da punição e por mais que ele chore mais tarde ele agradece. Não é o caso aqui, o Estado se omite, mas na hora de cobrar, pelo menos dos mais humildes, ele é feroz. Polícia judiciária no Brasil, muitas vezes, é motivo de piada também, mas isso é papo para outro post.
Eu sinto medo, mas é um medo, digamos, moderado. Existe sim um poder paralelo bastante forte, não tem nem discussão sobre isso, mas não são tão organizados quanto parecem. Se fossem, já teriam se unido, e na boa, se todas as facções se juntassem aí sim não ia haver ninguém no Rio, ouso dizer, no Brasil que pudesse contê-los.
Tudo isso é uma verdadeira bola de neve, porque a população coloca a culpa na polícia, que coloca a culpa no Estado, que por fim, coloca a culpa na população de novo. Porque, sinceramente, ao diminuírem a maioridade penal estão dizendo indiretamente: “olhem só os monstros que vocês estão criando!”. Eu penso exatamente assim, porque as pessoas, guardada as devidas proporções, são produtos do meio, e as suas ações é, em ultima instância, uma espécie, de resposta à influência que recebem do ambiente. A violência, algumas vezes, é reflexo do meio familiar, por exemplo. Tem psicólogo que diz isso, eu já ouvi, não gostou reclama com eles, porque eu não sou psicóloga. hehe.
A polícia, na minha opinião, hoje seria o grande "tchan" na solução do problema. Bem, eles precisam de salários maiores, de equipamentos melhores, isso ia fazer bem pra “moral” deles, porque, na boa, eu teria vergonha de inventar infrações para extorquir “dez real”. Não justifica, mas certamente explica, como enfrentar os “inimigos” armados até os dentes com armamentos pra lá de antigos? Tem um ditado popular que diz: "se não pode com os inimigos, junte-se a eles". Se o Estado, der o valor que merecem, aumentando salário, disponibilizando equipamento, a partir dessas pequenas mudanças, aí sim, reprimir a corrupção com punições severas. Quem sabe as coisas não melhorariam! Conheço pessoas que pensam assim: Ah, se o Estado não defende, deveriam liberar o porte de arma. Beleza! Ia ser um tal de morrer gente por motivo fútil, tal de “patricinha” trocar tiro, porque falaram mal do seu vestido novo, (nada contra “patricinhas” - risos), mas sejamos honestos, a minoria das pessoas estão preparadas para usar uma arma de forma responsável, cá entre nós, imagine que loucura! Acabei me lembrando de brincadeiras do tempo de criança: "Cada um por si e Deus por todos". Pena que a gente ta tratando da realidade e pouca gente tem Deus, como eu posso dizer, em um lugar importante na vida, porque se as coisas estivessem como o propósito de Deus, sem dúvida, estariam muito diferentes, muito melhor, é claro. Se todo mundo resolver se defender com as próprias mãos, será importante que taquem fogo nos livros antigos! (achava tão chato estudar esses autores mesmo, especialmente nos primeiros períodos da faculdade...), Não se esqueçam, por mim, mandem fogo no Montesquieu, no Locke e tudo que vocês encontrarem sobre contrato social, porque não vai servir pra nada, de que adianta guardar no papel, mas não no proceder? Faço apenas mais um pedido, certifiquem-se de que me mandaram "de volta" pra lua, porque isso aqui vai virar uma bagunça pior do que já ta, e eu não quero ta aqui pra ver.
Segurança Pública é competência do Estado, é importante lembrar que a Constituição, no art. 144, diz que é também direito e responsabilidade de todos. Faz-se necessário, portanto, uma integração entre a População, Estado e Polícia. Bem, os países de primeiro mundo já falam sobre isso, acho até que já fazem, tal de polícia comunitária, algo assim, mas aí, querer isso para o Brasil é muito, é Utopia! Se melhorarem um pouco as questões básicas de sobrevivência da população e derem um “upgrade” na polícia, pra mim, já ta de bom tamanho.
Tudo bem, você tem todo o direito de dizer: Há controvérsias! Beleza, contanto que você as exponha! Hehe.
Abraços,
Nathalia Nagel